terça-feira, 6 de março de 2012

Os pracinhas a caminho da Itália



O SIGILO DO EMBARQUE
DA FEB

Fôra o general Mascarenhas de Moraes, nos últimos dias de Maio de 1944, informado oficialmente da probabilidade de embarque para além-mar de um primeiro escalão de forças, provavelmente na segunda quinzena de Junho.
Dada a evidente necessidade de que o próprio preparo do embarque ficasse envolto em sigilo, planejou-se a instrução de modo capaz de desviar, tanto quanto possível, o conhecimento da operação em projeto.
Complementarmente, as ligações indispensáveis com um “Estado Maior Especial” foram efetuadas, bem como acertadas as providências imprescindíveis.
Em harmonia com o plano de embarque, fixou o chefe divisionário brasileiro, na sua Diretiva para a Instrução da D.I.E., de 31-V-944, os limites de duração do 2° período de instrução.
Limitado esse período entre 5 de Junho e 8 de Julho, tudo de 1944, o general Mascarenhas de Moraes estava enquadrando a época provável de nosso transporte para o Teatro do Mediterrâneo. Além disso, a citada Diretiva precisava a constituição de três Grupamentos Tácticos, com base em um Regimento de Infantaria, e uma série de exercícios de conjunto destinados a flexionar a Divisão.
Findaria o segundo período de instrução com um tempo de manobras.
Ao aproximar-se a época prevista para as manobras, o comandante da 1ª D.I.E. pormenorizou a sua realização, através das Diretivas de 26 e 27 de Junho.
E assim, na noite de 29/30 de junho, ainda em plena ignorância de toda a verdade, os três Grupamentos partiram para as regiões anteriormente fixadas:
Grupamento n° 1: região de Santa Cruz:
Grupamento n° 2: região de Nova Iguaçú e
Grupamento n° 3: região de Recreio dos Bandeirantes.
Os movimentos foram iniciados às vinte horas.
Não seguiu, todavia, o Grupamento n° 2 comandado pelo general Euclydes Zenóbio da Costa, para a região prevista. Movimentou-se em sete composições sucessivas para o Cais do Porto, a fim de proceder ao embarque com destino ao teatro da guerra.
A situação dos Grupamentos n° 1 e 3 relativamente ao adestramento militar, não se modificou.
Prosseguiu a instrução segundo os planos traçados com apreciável antecedência, praticando-se exercícios proveitosos, particularmente no âmbito dos citados Grupamentos Táticos.
Mais tarde, em Setembro de 1944, os outros dois Grupamentos (n° 1 e 3) embarcaram no Cais do Porto do Rio de Janeiro, rumando para Nápoles.