Assim, na noite de 29/30 de Junho
de 1944, os Grupamentos n°s 1 e 3 seguiram em composições
ferroviárias, movimentando-se respectivamente para Santa Cruz e Recreio dos
Bandeirantes. O outro Grupamento, o de n°2, não se deslocou para Nova Iguaçú,
sua região de primeiro destino no Plano de Monobras. Transportou-se diretamente
nas noites de 28/29, 29/30 e 30/1° de Julho para o Cais do Porto, em
composições sucessivas e tomando todas as cautelas para a manutenção do
segredo.
Os carros das composições seguiram
de luzes apagadas e suas janelas permaneceram cerradas até o final da viagem.
A área de embarque, no Cais do Porto,
fora completamente isolada, com larga
antecedência de tempo.
Bagagem de 2ª urgência.
Os demais Escalões de Embarque,
utilizando processo semelhante, partiram nas condições abaixo:
1° Escalão de embarque: A 2 de
Julho de 1944, pelo “General Mann”, sob o comando do general Zenóbio da Costa,
tendo chegado a Nápoles em 16 de Julho.
Antes da partida do “General Mann”,
ainda na noite de 30 de julho, o presidente Getúlio Vargas compareceu a bordo,
acompanhado do general Eurico Dutra, Ministro da Guerra.
Vinham as duas altas autoridades
assistir a essa delicada operação de guerra, que pela primeira vez se fazia no
Brasil.
Nessa ocasião, o Chefe de nosso
Governo dirigiu, pelo microfone de bordo, as seguintes palavras de despedida à
tropa:
“Soldados do Brasil: O Presidente
da República aqui veio, acompanhado do Ministro da Guerra, para trazer-vos os
votos de feliz viagem. E, não podendo fazê-lo pessoalmente a cada um, o faz por
meio deste microfone.
É sempre uma glória lutar-se pela
Pátria e por um ideal. O Governo e o povo do Brasil vos acompanham em espírito
na vossa jornada e vos aguardam cobertos de glórias.”
Às 6.30 horas do dia 2 de Julho
começou o transporte de guerra a desatracar.
Do Corcovado, circundado de bruma,
emergia o Cristo Redentor, fitando os seus fiéis que para outras terras partiam
co o objetivo de, ombro a ombro com os nossos aliados, defender o rico
patrimônio da civilização cristã.