Sobre o olhar de Dirceu Marchini Neto


Foto: Dirceu Marchini Neto (Esquerda) e Antônio Ernesto Viana Soares (Direita), em sessão ordinária do Capítulo Fraternidade, Luz, Amor e Vida 403 da Ordem DeMolay (Goiânia - GO). Junho de 2008.





O Diário da Segunda Guerra Mundial de Edson Dias Soares sob o olhar de um Historiador



Dirceu Marchini Neto,
Historiador, Pesquisador e Advogado


                A trajetória deste livro se iniciou em dezembro de 1944, quando o Cabo do Exército Brasileiro, Edson Dias Soares, decidiu então, escrever um diário sobre tudo que acontecia durante os dias nos quais vivenciou a Segunda Guerra Mundial. O autor do diário, sobrevivente da guerra e considerado um exemplo nacional de militar, retornou ao Brasil e guardou seus relatos em seu armazém comercial, os quais foram logo encontrados e guardados por seu filho Antônio Ernesto Viana Soares, que ainda era adolescente na época da descoberta dos manuscritos e das medalhas de condecoração do pai. Desse diário escrito por Edson Dias Soares, esquecido em seu armazém e encontrado por seu filho Antônio Ernesto, resultou uma das maiores obras sobre o cotidiano dos militares brasileiros na Segunda Grande Guerra, uma fonte de pesquisa rica e inigualável.



            Em muitas ocasiões procurei obras sobre as guerras mundiais, pois como advogado e historiador, sempre me interessei pelo surgimento do Direito Humanitário após a Primeira Grande Guerra, o qual no plano internacional foi a primeira expressão de que há limites à liberdade e à autonomia dos Estados, ainda que na hipótese de conflito armado. Vem então a Segunda Guerra Mundial, que deturpa por completo os conceitos de relações amistosas entre Estados e seres humanos, e viola todos os tratados de paz entre as nações envolvidas. Nesse momento em que os seres humanos se tornam descartáveis e supérfluos, o valor da pessoa humana é abolido e passa a viger a lógica da destruição, torna-se necessária a reconstrução dos direitos humanos. E foi essa reconstrução e a criação de organismos, tratados e declarações internacionais, meu tema de pesquisa e abordagens de estudos, sobre os quais durante alguns anos me curvei em horas intermináveis de dedicação.

            Durante todos esses anos lendo obras de historiadores brasileiros, verdadeiros feitores da História como conhecimento, e pesquisando documentos relacionados à Guerra Mundial da década de 40, jamais havia encontrado uma obra tão detalhista e tão enfocada nas atividades diárias de um soldado do Exército Brasileiro durante os dias de conflito nas terras italianas de Mussolini.

            O livro, organizado por Antônio Ernesto Viana Soares, poderia, sem dúvida, ser indicado a alunos do Ensino Médio e do curso de História de todos os colégios e universidades de nosso país, pois apresenta a transcrição do diário de um ex-combatente brasileiro, ou seja, um documento histórico sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, o qual é uma exceção entre as obras escritas do gênero, pois retrata o dia-a-dia, as atividades dos militares no pelotão, suas missões no “front”, seus sofrimentos nos campos de batalha, seu tédio no acampamento; enfim, a triste realidade da guerra e a alegre chegada ao Brasil em 1945.



            Sobre Edson Dias Soares, só temos uma expressão para representá-lo: “herói nacional”. Desde adolescente possuía virtudes que o tornaram um grande homem, um exemplo de militar, de pai, de marido, de cidadão, de político e de maçom. Um homem patriota e trabalhador, além de um grande professor de ética e de honestidade.

           

            Esta obra, os documentos nela apresentados, os ensinamentos sobre a vida dos militares durante a Guerra, e as narrativas dos amigos do autor do diário, dificilmente seriam transcritos e escritos sem a capacidade intelectual e o esforço de quase uma década, de Antônio Ernesto Viana Soares.

            Filósofo e historiador, Antônio Ernesto, que segue os caminhos de seu pai, é também um exemplo a ser seguido, tanto por historiadores, quanto por amigos e irmãos de maçonaria, pois também possui virtudes que somente poderiam ser herdadas de um herói nacional.

Empenhado em apresentar aos pesquisadores e estudantes uma obra valiosa que representasse não um aspecto político-ideológico, mas sim, uma narrativa de um fato histórico, Antônio Ernesto Viana Soares procurou publicar um livro que, conforme as palavras de Amândio Jesus Fernandes, “constituir-se-á em inestimável fonte de pesquisa e informações, pelo seu inconfundível valor didático...”.


CURRÍCULO

Nome: Dirceu Marchini Neto

Naturalidade: Campo Grande – Mato Grosso do Sul – BRASIL

Cidade onde reside: Goiânia – Goiás



Formação:

·         Graduado em Direito em 2005.

·         Pós-Graduado (Especialista) em Direito Penal em 2006.

·         Atualmente cursando licenciatura em História na Universidade Católica de Goiás.


Atividades Profissionais Atuais:

·         Advogado

·         Pesquisador envolvido em estudos sobre Etnias Indígenas Brasileiras

Participação em Instituições filosófico-sociais ligadas à filantropia:

·         Past Mestre Conselheiro do Capítulo Fraternidade, Luz, Amor e Vida nº 403 da Ordem DeMolay (Goiânia – 2002);

·         Past Mestre Conselheiro Estadual da Ordem DeMolay de Goiás (Gestão 2003/2004);

·         Possuidor da Honraria (Grau) Chevalier do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil;

·         Grande Secretário Estadual e Grande Secretário Estadual Adjunto do Grande Conselho da Ordem DeMolay para o Estado de Goiás (2005-2009);

·         Mestre Maçom filiado à Augusta e Respeitável Loja Simbólica Guimarães Natal nº 1946 (Grande Oriente do Brasil).

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